terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As campanhas Presidencias e as respectivas subvensões.

Foi com ENORME espanto que li a noticia: "Saiba quanto vão receber do Estado os candidatos presidenciais" e, em seguida procedi ao somatório das subvenções presidenciais. Nada mais, nada menos do que 3,8 milhões pelos quatro candidatos que conseguiram alcançar mais de 5% dos votos - será esta a razão do forte apelo ao voto, por parte dos candidatos?
Mais, alguém obrigou os candidatos a concorrerem às Presidenciais? E, quando o fazem, não é unicamente com o intuito de servir o Pais?
Então será, necessário, numa altura de contenção de despesas, efectuar campanhas tão dispendiosas, com inúmeras deslocações pelo País, almoços, outdoors ao pontapé, etc, etc,...? 
A divulgação através dos canais de comunicação disponíveis, alguns até públicos, não será suficiente? Ou, ainda, os debates entre todos os candidatos feitos nas diversas estações televisivas, não serão mais que suficientes para expor as ideias e cativar o eleitorado? Infelizmente, à vista dos candidatos, parece que não. O Estado paga. Eles abusam.
Obviamente, há quem diga que, para as despesas do Estado 3,8 milhões não tem expressão, mas também já diz o ditado que: grão a grão enche a galinha o papo. Mas, eu também digo que, chega de pagar campanhas desajustadas à situação que o Pais enfrenta e que toda a redução de despesa publica tem expressão.
São candidaturas pelo bem de Portugal - dizem eles!  
Nesta altura de enorme esforço, de aumento de impostos e redução de salários, começo a desconfiar que a Crise em Portugal é apenas para o Zé Povinho.

Bruno Lacerda

4 comentários:

  1. Crise!! qual crise? Quando 4500 pensionistas recebem em média Eur 4.000,00 Mês... Ora ora fazendo contas isso dá mais de Eur 18.000.000,00.

    Como é lógico podem defender-se e dizer que ai e tal também efectuamos descontos proporcionais e tal...


    Mas pergunto esses prodígios ( porque para ter essa reforma obrigatoriamente devem ser prodígios intelectuais e de um desenvolvimento profissional, eficientes e eficazes) quem são ?

    Esses reformados são - políticos com subvenções vitalícias, juízes e altos magistrados da PGR, chefes de serviço de organismos e institutos de vários ministérios.

    Aqui algo que não entendo. Mas então os políticos colocaram-nos a porta o FMI, os Magistrados fazem com que não exista JUSTIÇA em Portugal e os organismos publicos são a base dos "Jobs for the boys". Para os afamados cargos de confiança politica.....

    Realmente não entendo... ou talvez entenda quando os níveis de abstenção atingem 53%.. Somos comidos e gostamos de ser comidos....

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  2. Os elevados indicies de abstenção só demonstram o descrédito que os Portugueses tem em toda a classe politica Portuguesa.

    Obviamente que um voto em branco tinha muito mais força como contestação, mas num Pais em que até a revolução foi feita com cravos, não se pode exigir muito mais a um simples eleitor. LOL!

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  3. As subvenções partem de um grande pressupostos: Que há um interesse publico que merece ser tutelado, e que consiste no direito à informação por parte do eleitorado.
    Em moeda antiga, era necessária outra campanha igual à do Alegre para chegar ao milhão de contos... não acho muito dinheiro (discordo de ti), mas cada vez se justifica menos (concordo contigo).
    Conclusão? Não é por aí... mas o tempo há-de dar-te razão...

    Para alem do tempo de antena, nas rádios e na televisão, meios estes profundamente difundidos por todo o espectro social (garante do acesso universal à campanha), existe agora os meios tecnológicos, como as redes sociais, blogs e websites cada vez mais difundidos.

    As campanhas já não se fazem tanto com "papel, canetas e isqueiros" e para isso há os partidos políticos, ou os movimentos de cidadãos.

    E isto é tão verdade que basta olhar para o resultado do Coelho que "salta à vista" as evidencias.

    Em jeito de súmula... acho que deve haver subvenções, por enquanto...

    Um forte abraço,

    GFC

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  4. Apenas um pequeno reparo...é que não é o Estado que paga isso, somos NÓS!!!
    Não que faça grande diferença para eles, o que importa é o dinheiro aparecer, seja lá de onde for, mas há que manter algum rigor neste blog, tsss tsss.
    Se fossem eles (Estado) a pagar, os almoços eram pão seco e água (não fossem os Srs. ficar embuchados) e os outdoors eram um grupinho de políticos nas escadas da Assembleia a acenar com cartazes (feitos à mão)aos carros, ao estilo Sr. do Adeus!
    Ahhh, mas se há coisa que me consola é saber ao menos para onde vão as "patacas" que me descontam ao fim do mês :S

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